Análise: Rain
”Uma obra de arte pintada com gotas de chuva.”
Rain é a nova aposta indie da Sony, desenvolvido pela Acquire e pelo famoso Japan Studios, o game chegou no início de outubro exclusivamente a PSN e conta a estória de um garoto que se torna invisível após sair de casa para ir atrás de uma estranha menina que vê passar pela sua janela e só pode ser visto ao passar pela chuva incessante que cai na cidade. A premissa é simples, mas o modo de como a estória é contada e enredo apresentado torna Rain um jogo único.Logo após sair da casa o garoto descobre que a menina estava sendo perseguida por seres estranhos, e a partir dai começa a jornada do menino tentando achar a menina e a procurar respostas.
O jogo tem mecânicas simples você simplesmente vai correr, pular e interagir com objetos, não há combate. Apesar do jogo se basear em puzzles, estes não oferecem desafio algum, pois são muito fáceis e tem soluções óbvias até demais. As criaturas também não oferecem desafio, basta você prestar um pouco de atenção antes de dar algum passo e ter cuidado para não derrubar nenhum objeto para não fazer barulho e caso os inimigos te vejam basta ir para debaixo de algum local onde a chuva não caia (toldos, pontes, etc.) que você se livra deles fácil. Quase na metade do jogo surgem poças de lama e quando você pisa nelas o menino fica sujo e quando ele está assim as criaturas podem vê-lo mesmo debaixo de coberturas, a lama dá até a sensação de desafio de inicio, mas basta pisar em um poça de água que o menino fica limpo, sendo que a cada 10 metros tem uma.
O jogo tem um inimigo no estilo ”Nêmesis”, que te persegue o jogo todo, essas partes sim trazem um pouco de desafio, pois você tem que agir e pensar rápido, mas você morrerá no máximo duas vezes por perseguição.
A ambientação é impecável e cria um clima bastante melancólico com noites bastante escuras, estilos de construção que lembram a Itália do século passado e as chuvas incessantes colaboram bastante. O que pode estragar um pouco é que as construções e até por vezes os cenários se repetem, mas nada que comprometa o gameplay.
A trilha sonora é muito boa e combina com os ambientes, sendo boa parte tocada apenas por piano ou violinos, mas se repetem muito e podem acabar se tornando enjoativas. Os efeitos sonoros apesar de poucos não deixam a desejar, mas também não são as mil maravilhas, apenas o som da chuva se destaca.
Como já havia falado antes o trunfo de Rain é o enredo e como ele é apresentado. Enquanto você anda letras vão aparecendo na tela e contando a estória de uma forma parecia com os contos de fada que ouvíamos quando éramos pequenos, mas o enredo de Rain é tão bem feito que se uma criança for jogar ela vai ver a estória como uma qualquer, mas quando alguém com seus 16 anos ou mais joga enxerga o verdadeiro enredo de Rain, cheio de metáforas e com um pouco de filosofia.
Como já é de praxe da Sony, o jogo está em pt-br. Embora seja bastante fiel a forma como é escrita a estória original a tradução dá alguns tropeços bem grandes, como por exemplo traduzir as coberturas ou toldos que o menino usa para ficar invisível para ”tetos-segurança”.
- Concluindo…
Rain é um jogo feito para contar uma estória diferente e original, que foge das mesmices que estamos acostumados. Não espere desafios ou puzzles difíceis, mais uma vez repito, Rain é um jogo que tem como objetivo contar uma história. Que tem uma ambientação bela e melancólica, uma boa trilha sonora e sua parte final é simplesmente surreal, com riscos de cair um cisco no olho de muitos marmanjos por ai.
Se você quer ouvir uma estória diferente e original, acompanhada de belos cenários e músicas , este jogo é pra você. Mas se não tem paciência de ficar apenas correndo pelos cenários e quer algo desafiador ou não está nem aí para o enredo, passe longe.
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