Revelations originalmente foi lançado para Nintendo 3DS em 2012, mas teve sua exclusividade quebrada e posteriormente chegou ao Xbox 360, PS3, Wii-U e PC com uma versão em alta definição. Como não poderia ser diferente, o jogo foi desenvolvido e distribuído pela Capcom e teve uma aceitação muito boa, sendo considerado um dos melhores jogos do portátil da Nintendo. Também por isso, os fãs clamavam por esse título em outros consoles. Sem mais delongas, vamos lá.
Enredo
The Queen Zenobia |
Terragrigia |
a.
Nostalgia até na tela inicial
O game tem uma fluidez muito interessante, a história vai se revelando aos poucos e em cada capítulo (no total de 12) há uma revelação que no final, vai construir a trama como um todo. A progressão do enredo é diferente de um jogo que conta a história de uma forma linear, porque são várias visões dos mesmos acontecimentos e não necessariamente em uma ordem cronológica. A transição de um capítulo para outro é muito boa, sendo usados diversos recursos de roteiro (cliffhanger) que nada mais é do que terminar um episódio em um momento revelador ou de desespero para manter a atenção do jogador, assim como é feito em séries de TV. A história de uma forma geral é bem contada, há algumas partes que inicialmente são confusas, mas isso acontece porque o game é contado dessa forma, não é por acaso ou por erro de quem estruturou. Não é convencional com inicio, meio e fim, nessa ordem, é uma sucessão de revelações sem uma ordem cronológica.
Para resumir o enredo sem estragar as surpresas que o jogo contém é o seguinte: Residen Evil Revelations conta a história de como o grupo terrorista Veltro foi desarticulado após seu ataque a Terragrigia, e anos após esse grupo ter supostamente acabado, quando adentramos a Queen Zenobia em busca de Chris e Jessica, vemos que podem ter voltado à ativa e que um novo vírus foi desenvolvido, botando em risco não só uma cidade, mas todo o mundo. Mas será que o Veltro realmente voltou e está por trás do desenvolvimento do novo vírus? Jogue e descubra!
Gráfico
Minhas percepções sobre a parte gráfica do jogo dizem respeito à versão de PS3. Pode haver alguma pequena diferença em relação aos outros consoles e uma boa diferença em relação ao PC, que é onde a qualidade gráfica é mais bem percebida. Então, está tudo muito bem feito e bonito, não deixando nada a desejar em relação aos outros games da série nessa geração de consoles. Obviamente não dá para dizer que é um primor gráfico, até porque originalmente o Revelations é oriundo de um portátil, mas sem um senso critico exacerbado, o gráfico é muito bom. O cenário está bem feito, sem nenhum problema de renderização, os ambientes escuros são bem planejados e podem maquiar qualquer possível problema e os ambientes claros são detalhados e igualmente bonitos. Os personagens estão bem feitos, em especial Jill e Chris, mas todos os outros personagens estão em um nível bom. O único problema que percebi em relação aos personagens foi quando você empunha uma arma e as mãos parecem meio poligonais, não é um desenho tão bem modelado, mas de resto tudo ok.
Jogabilidade
A jogabilidade de Resident Evil Revelations é fácil e acessível tanto para os fãs acostumados a série que irão encontrar basicamente tudo igual no que diz respeito aos comandos, tanto para aqueles jogadores casuais que não tem nenhum conhecimento prévio. A mecânica do
jogo funciona bem e a resposta a ação do jogador é imediata, não havendo nenhum tipo de delay ou problema nesse sentido. A interação com o cenário é nula, a não ser pelas caixas que podem ser quebradas para adquirir munição ou as áreas que podem ser escaneadas evidenciando itens. Nesse sentido pode-se dizer que a física do game é “falha” porque nunca poderíamos quebrar uma grande caixa de madeira com apenas uma facada (eu sei que é um jogo de video game e não precisa ser como a vida real, só citei isso pela questão da física mesmo, relaxa filho). A física do jogo deve ser pensada a contemplar a realidade e nesse sentido muitos jogos deixam a desejar. Mas não sejamos tão perfeccionistas, são apenas detalhes.
A câmera postada acima dos ombros do personagem já está consolidada. Uma das poucas questões sobre a câmera que atrapalha um pouco é quando efetuamos a transição dos cenários - quando atravessamos as portas temos apenas a imagem frontal, havendo um inimigo localizado mais a esquerda ou mais à direita temos dificuldades para vê-lo de imediato. Apenas alguns pontos que não influenciam em nada na qualidade final do jogo.
Os comandos são básicos, com o analógico esquerdo você movimenta o personagem, “L1” empunha a arma, “R1” atira. Com o direcional tanto para a esquerda quanto para a direita se troca de armas, “quadrado” recarrega, apertando “R1” são utilizados os ataques com a faca e “R2” é o comando para lançar as granadas ou armas do gênero. No “triangulo” utiliza-se a Green herb e perto dos monstros pressionando “X” pode-se dar chutes ou ataques desse tipo. Com o “L2” empunha-se o Genesis Scanner e com “R1” podemos usá-lo. A única coisa realmente ruim sobre a jogabilidade é a mira que é muito tremula, não é uma mira fixa e firme como nos outros jogos da franquia. Isso era uma reclamação em relação à versão de 3DS e presumia-se que seria corrigida nos consoles, mas não foi. De resto, a jogabilidade é bem satisfatória, tudo ok.
Dificuldade
A questão da dificuldade dentro de um jogo é muito subjetiva. Dependendo de que tipo de jogador você é o jogo pode tornar-se fácil ou difícil. Eu terminei a campanha no modo casual porque queria desfrutar da história e não estava procurando desafios. Mesmo assim acabei morrendo algumas vezes e posso dizer que em alguns momentos a coisa ficou feia. Dito isso, no modo normal e no modo mais difícil o jogador mais hardcore vai encontrar um desafio interessante pela frente. Depois de finalizar o jogo, um novo nível de dificuldade é liberado, o modo inferno. A maior dificuldade está inserida na gestão de recursos, tanto de munição quanto de green herb nos modos mais difíceis. Não há muita técnica contra os inimigos, basta descarregar as armas de fogo contra eles e ter um aproveitamento bom nos tiros. Entre os 13 inimigos existentes no jogo, destaco como os mais chatos de matar os Scarmigliones e os Oozes em suas diversas formas.
Horas de Jogo
Eu finalizei o jogo em 7 horas e 20 minutos no modo casual na minha primeira jogatina. Creio que se jogar agora consigo terminar o jogo entre 4 e 5 horas se eu fizer um speed run. Mas nos modos normal e difícil creio que as horas de jogo fiquem em torno das 6 ou 7 mesmo devido ao cuidado maior que o jogador deve ter com os inimigos, com a questão mais estratégica, etc. Considero um bom tempo de jogo, poderia ser maior já que quanto mais Resident Evil melhor, mas são boas horas de jogo.
A câmera postada acima dos ombros do personagem já está consolidada. Uma das poucas questões sobre a câmera que atrapalha um pouco é quando efetuamos a transição dos cenários - quando atravessamos as portas temos apenas a imagem frontal, havendo um inimigo localizado mais a esquerda ou mais à direita temos dificuldades para vê-lo de imediato. Apenas alguns pontos que não influenciam em nada na qualidade final do jogo.
Os comandos são básicos, com o analógico esquerdo você movimenta o personagem, “L1” empunha a arma, “R1” atira. Com o direcional tanto para a esquerda quanto para a direita se troca de armas, “quadrado” recarrega, apertando “R1” são utilizados os ataques com a faca e “R2” é o comando para lançar as granadas ou armas do gênero. No “triangulo” utiliza-se a Green herb e perto dos monstros pressionando “X” pode-se dar chutes ou ataques desse tipo. Com o “L2” empunha-se o Genesis Scanner e com “R1” podemos usá-lo. A única coisa realmente ruim sobre a jogabilidade é a mira que é muito tremula, não é uma mira fixa e firme como nos outros jogos da franquia. Isso era uma reclamação em relação à versão de 3DS e presumia-se que seria corrigida nos consoles, mas não foi. De resto, a jogabilidade é bem satisfatória, tudo ok.
Dificuldade
A questão da dificuldade dentro de um jogo é muito subjetiva. Dependendo de que tipo de jogador você é o jogo pode tornar-se fácil ou difícil. Eu terminei a campanha no modo casual porque queria desfrutar da história e não estava procurando desafios. Mesmo assim acabei morrendo algumas vezes e posso dizer que em alguns momentos a coisa ficou feia. Dito isso, no modo normal e no modo mais difícil o jogador mais hardcore vai encontrar um desafio interessante pela frente. Depois de finalizar o jogo, um novo nível de dificuldade é liberado, o modo inferno. A maior dificuldade está inserida na gestão de recursos, tanto de munição quanto de green herb nos modos mais difíceis. Não há muita técnica contra os inimigos, basta descarregar as armas de fogo contra eles e ter um aproveitamento bom nos tiros. Entre os 13 inimigos existentes no jogo, destaco como os mais chatos de matar os Scarmigliones e os Oozes em suas diversas formas.
Horas de Jogo
Eu finalizei o jogo em 7 horas e 20 minutos no modo casual na minha primeira jogatina. Creio que se jogar agora consigo terminar o jogo entre 4 e 5 horas se eu fizer um speed run. Mas nos modos normal e difícil creio que as horas de jogo fiquem em torno das 6 ou 7 mesmo devido ao cuidado maior que o jogador deve ter com os inimigos, com a questão mais estratégica, etc. Considero um bom tempo de jogo, poderia ser maior já que quanto mais Resident Evil melhor, mas são boas horas de jogo.
Trilha Sonora
Gostei bastante da trilha sonora, posso até dizer que é uma das melhores da série. Como Revelations é um jogo focado no drama, no suspense e nas reviravoltas, a parte sonora tem um papel importantíssimo. Não só a música como os efeitos sonoros emitidos pelos inimigos são muito bons. Eu tive uma percepção muito grande em relação à trilha sonora porque quando joguei, sempre usei o headset com o volume máximo, o que garantiu uma maior intensidade nos sustos e uma maior apreciação das músicas do game.
Personagens
Os personagens jogáveis e não jogáveis são Jill, Chris, Jessica, Parker, Keith, Quint, O’Brian, Raymond, Rachel, Morgan e Jack. Vou citar algumas coisas sobre cada personagem de acordo com a minha percepção.
Jill – A Jill está linda, confiante e com um ar de liderança que deixa até mesmo o Chris em segundo plano. Depois de tudo que ela passou naquela mansão FDP no primeiro jogo e depois de se tornar uma sobrevivente de Raccoon City no terceiro título da série, Jill parece muito mais forte e adaptada a esse mundo de zumbis, motherfucker vírus or whatever. De fato ela nunca foi frágil ou fraca, mas ela está com um ar diferente, o que faz com que o personagem fique ainda mais legal.
Parker – Parceiro de Jill no jogo. Como personagem não é marcante como um protagonista, mas tem muito mais brilho que Jessica, por exemplo. Parker está ai para mostrar que os gordinhos também têm vez.
Chris - Foda e destemido como sempre. Missão dada é missão cumprida, foda-se se sua parceira gostosa está dando mole, vamos seguir o protocolo!
Jessica – Parceira de Chris no jogo. Pouco tem a acrescentar como personagem, a não ser pelos seus comentários safadinhos se atirando para cima do Chris.
Keith – Um cara sangue bom. Tanto ele como Quint são personagens que se não estivessem ali não fariam falta, mas como qualquer bom filme, tem que ter os estereótipos do bobão e do descolado.Quint – Manja dos paranauê tecnológicos. Ele não é o descolado, é o bobão.
Raymond – Um cara com um cabelo esquisito. Olha... Eu posso me arrepender muito em falar isso, mas esse personagem pode ser explorado melhor no futuro. Ele está em um meio termo entre o mocinho e o vilão, assim como Ada.
O’Brian – Um dos cabeças da B.S.A.A. Um comandante que não passa aquela confiança toda, não é marcante como personagem.
Rachel – Parceira de Raymond no jogo. Não tenho o que falar dela, a não ser que ela se fode legal! (hihi)
Morgan – Chefe da FBC. É o típico comandante autoritário e FDP, ao contrário do O’Brian, esse cara é sangue nos olhos!
Jack – Líder da organização bioterrorista Veltro. É um FDP de primeira linha, simples assim.
Avaliação Final
Inicialmente relutei em jogar o Revelations, disse a mim mesmo que não iria comprar em um primeiro momento, mas não aguentei. E não me arrependi, porque é um jogo muito bom que superou fácil minhas expectativas. A história contada através de capítulos é muito interessante e tem umas sacadas que agregam muito, exemplo disso é a cada inicio de um novo episódio, há uma retrospectiva retomando o que já aconteceu até então. É marcante ouvir a frase "Previously on Resident Evil Revelations" *-*
Novamente não existem zumbis no jogo, mas isso não importa porque a história envolvendo bioterrorismo é ótima e tão envolvente que terminei o jogo e sequer lembrei que Resident Evil é uma série sobre zumbis. O game trás reviravoltas interessantes e descobertas constantes, com cenários legais e boas horas de jogo. Jill e Chris são personagens muito fortes e criam-se perspectivas muito positivas sobre o futuro da franquia se continuar nessa linha. Minha avaliação final é muito positiva, porque esse Resident é um dos melhores da série e por isso, merecidamente recebe minha nota 9! Agora jogue e tire suas próprias conclusões.
Fonte: http://www.sidequestrpg.com
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